Hoje, adaptando o calendário Juliano para o gregoriano, faz 94 anos da Revolução Bolchevique na Rússia, tal revolução levou a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas que mudaria a história mundial pelas décadas que viriam a seguir.
No início do século XX, a Rússia passava por um momento delicado em sua história. Um dos únicos países do mundo a manter uma monarquia absolutista, o Império Russo era uma nação atrasada em relação aos outros países da Europa, com uma indústria muita pífia e uma população que deixara de ser considerada "serva" a pouco mais de 50 anos. O czar Nicolau II, manteve a Rússia com mãos de aço mandando e desmandando, sem ter, praticamente nenhuma oposição. Mesmo com uma frágil economia, a Rússia ainda sustentava importância nas questões da política internacional. Em 1914, ao declarar guerra à Áustria, inicia-se a 1ª Guerra Mundial. Essa guerra exonera a Rússia de todas as formas: politicamente, economicamente e socialmente. Até que, devido aos grandes fracassos do exército frente ao avanço das tropas alemãs no final de 1916, em fevereiro de 1917, os mencheviques, uma minoria do partido comunista russo, toma o poder do czar, obrigando-o a abdicar do trono. Os mencheviques eram uma ala mais moderada do Partido Comunista, que pretendia instaurar uma época de capitalismo na Rússia, a fim de solidificar sua indústria, para enfim implantar o comunismo. Para tomar o poder, os mencheviques utilizaram um slogan muito conhecido: "paz, pão e terra", que ao final de três meses de governo, não foram atendidas, visto que a Rússia inda não se retirara da guerra e não houve nenhuma reforma agrária.
Em todo o país protestos surgiram criticando o governo e pedindo por reformas mas, os aliados europeus, afirmaram que a única maneira das nações ajudarem a Rússia em um pós-guerra dando empréstimos e assistência seria se ela permanecesse na guerra. Em uma conversa com o czar, Alexander Kerensky, líder dos mencheviques, ele afirma: "o Senhor [Jeová, deus bíblico] tinha muito poder sem leis, nós temos muitas leis sem poder...". Sem poder fazer reformas expressivas para o bem da população, os protestos foram tomando ares de revolução até que em 25 de outubro (7 de novembro no calendário gregoriano) os bolcheviques, maioria do partido comunista tomam o poder. Uma das primeiras atitudes dos bolcheviques é assinar um armistício com a Alemanha, resultando no tratado de paz de Brest-Litovsky, acalmando a população, possibilitando ao governo uma maior assistência à população. Logo que tomaram o poder, começou uma grande guerra civil, entre o Exército Branco, que tinha idéias monarquistas e conservadoras, que recebeu ajuda estrangeira em certos pontos, e o Exército Vermelho, que defendia os bolcheviques e seu estado recém-conquistado.
No final dessa guerra civil, em 1922, milhares estavam mortos e o Exército Vermelho saíra vencedor do conflito, executando os brancos que ficaram para trás e perseguindo os que fugiram. Depois da guerra, o estado soviético enfim se consolidou permanecendo militarista e autoritário até o seu fim, em 1992.
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