Foi um atrevimento colocar esse título, mas uma análise é totalmente possível a partir de nós como seres humanos incompletos sob todos os aspectos.
Escrever para mim é arte, mas que não possui um dom específico e sim um dom abrangente. O dom é o seguinte: a vida. Todos nós, todos os momentos, estamos escrevendo. Não importa se estamos longe de sermos renomados escritores ou talentosos poetas, importa que somos todos incompletos e temos uma infinidade de assuntos a tratar sobre nós mesmos e a vida e sem usar lápis e papéis.
Cada assunto abordado é tema para pelo menos uma vida, uma simples e complexa vida, a nossa. Com certos assuntos, é fácil atingir outras vidas que estejam passando ou que passaram pelos mesmos obstáculos. Até porque, mesmo havendo milhões de caminhos, é muito comum esbarrarmos com o outro por ai, no mesmo caminho e até com uns objetivos iguais.
A perspectiva que estou abordando aqui de se escrever é justamente essa, de escrever a vida, de caminhar pelas escolhas e agarrar as possibilidades, enquanto avançamos por incertezas e medos através do caminho que é a vivência.
Todos podemos escrever a qualquer momento e em qualquer superficie. Podemos deixar registrada nossa passagem seja num pensamento escondido ou num sentimento que mora no fundo do coração. Somos escritores assíduos, temos coragem de representar e sofrer interpretações, de nos sujar e mostrar que com um sorriso no rosto todos parecem ser alegres, mesmo não sendo.
Enfim, enfrentar a nossa incompletude, mesmo com medo, e mostrar com todo orgulho nossas falhas e defeitos, desistências e arrependimentos, enquanto que sorrimos e procuramos novos caminhos, novas possibilidades para que esse nosso livro nunca se feche e continue a nos encher de experiências e motivações.
Somos todos escritores, por isso quero deixar uma mensagem: não importa o que você vai escrever, sempre vai haver algo de importante nas entrelinhas. Não tenha vergonha de mostrar e apreciar os pensamentos, pois é aí que mora as nossas virtudes (o que de mais importante temos no mundo).
Vamos escrever, vamos ler e vamos chorar. Isso é vida, é um livro, é um amor. É tudo!
Seres incompletos é o que de verdade somos...As veses isso se revela para algums como uma dura realidade, já para outros essa incompletude se mostra uma verdadeira e excitante atração no picadeiro do grande circo da vida, que ao decorrer do espetáculo ficará repleto de grandes emoções e sensações diferentes e muitas veses frenéticas. Na busca dessa completude da alma e da vida, muitos de nós encontamos refugio no universo da escrita e mergulhados neste universo encontramos ao menos uma indicação para o caminho que nos levara a uma reflexão daquilo que realmente somos. Parabéns Raul, de verdade, gostei muito do seu texto.
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