O líder do povo.

     Antes que perguntem, não, eu não vou falar do Lula. Hoje faz 252 anos que George Jacques Danton nasceu. Sendo ele um dos líderes da Revolução Francesa, acho digno de menção em meu post do dia.

     Danton nasceu em uma família da pequena burguesia, seu pai, um advogado, deu a ele educação, o que resultou no seu diploma de direito. Em 1857, por ter se casado com a filha de um rico parisiense, consegue chegar ao conselho do rei, mas um ano depois, começa a conspirar contra o rei, ajudando a criar os sans-culots. Danton possuía uma excelente oratória, o que o fez chegar ao alto comando dos jacobinos, além de ganhar grande simpatia para com o povo, sendo considerado, o “líder popular” por muitos. O caso em que ele ficou muito conhecido foi o caso: governo revolucionário Vs. Luis XVI. Nesse caso, o governo revolucionário queria decapitar o rei pelos anos de mau governo que levaram a França à ruína. Os advogados do rei firmaram que seu governo tinha sido bom, e que, ele só havia chegado ao poder pelo direito divino, teoria apresentada por Thomas Hobbes que fundamentou o governo dos reis absolutistas. Depois de grandes argumentos dos advogados reais, se baseando na teoria do direito divino tinham o caso como vencido, até que Danton começou a falar. Mais cedo naquele dia, ele pediu para que um de seus seguidores reunisse uma multidão em frente ao palácio que seria realizado o julgamento, e que no momento em que ele se projetasse na janela, essa multidão deveria exclamar “Morte”, em alto e bom som, até ele sair da visão deles. Sendo assim, Danton começou a falar, e falou que se foi o direito divino que deixou o rei governar de tal jeito, deveria ser o direito divino que desse o veredicto, não um juiz humano, e assim, ele se dirigiu à janela, e no momento que terminou a frase, o povo do lado de fora começou a gritar “Morte, Morte!”, o que deu ao governo revolucionário o respaldo para enviar Luis XVI à guilhotina.

     Com a chegada dos jacobinos ao poder, ele virou um dos quatro lideres da chamada convenção, que governaria a França até 1795. A ele foi dada a tarefa de fazer a reforma agrária na França, e realmente o fez, mas no processo, de acordo com certos historiadores, ele teria fraudado, colocando várias terras para seu nome, virando, assim, um dos maiores senhores de terra da França. Por ter feito a reforma agrária e pelo seu grande carisma com o povo, Robespierre, principal líder da convenção, começou a ver em Danton um inimigo em potencial, que a qualquer momento poderia usar do seu carisma popular para tomar o poder para si. Em abril de 1794, Danton foi declarado inimigo de estado, sendo condenado à morte e indo para a guilhotina no mesmo mês. Antes de ser guilhotinado, afirmam certas fontes que Danton havia falado aos presentes que aquilo tinha sido obra de Robespierre, e que ele só estava indo de boa vontade ao cadafalso pois o próximo a estar ali seria o próprio Robespierre. Sua última profecia se tornou verdadeira. Pela insatisfação popular que a morte de Danton criou e pela grande concentração de poder nas mãos de Robespierre, três meses depois da morte de Danton ele foi condenado à morte e guilhotinado.