Hoje é 28 de outubro e é aniversário de mais outro artista não muito famoso, mas que despertou muitas polêmicas em seu período, que nem é tão antigo assim, estou me referindo a Francis Bacon, isso mesmo, você não está lendo errado, mas também não é a mesma pessoa, esse não é aquele filósofo famoso, cheio de tratados e teorias, políticas e filosóficas, cheias de moral, pelo contrário esse Francis Bacon que falarei hoje nada tinha de moral, não propôs nenhum tratado ou teoria impressionante, mas sim obras de uma expressividade impressionante. 
Mulher sentada (1961)
Francis Bacon nasceu em 1909, pouco antes da I Guerra Mundial (1914-1918), ele era filho de uma herdeira de um negócio de aço e de uma mina de carvão, e seu pai um ex-combatente da Segunda Guerra de Bôeres, e treinador de cavalos de corrida. Como de costume, "dinheiro não trás felicidade", mesmo sendo de uma família de boas condições econômicas, Bacon desde criança já sofria muito, seu pai não suportava o fato de ele ter asma, o que o tornava sensível a muitas coisas como pêlos de cachorro ou de cavalo, e seu pai não gostava ainda mais do fato de, desde pequeno, Bacon gostar de agir afeminadamente, com isso a quantidade de agressões sofridas por seu pai eram incalculáveis, chegando até mesmo a apanhar de chicote várias vezes, para tentar transformá-lo em homem.
Estudo após Velazquez (1950)
Devido a seus pais, ele viajava muito, nasceu em Dublim, na Irlanda, mas desde cedo morou em várias regiões da Inglaterra, estudou em alguns lugares, mas um em especial Dean Close School, onde teve suas primeiras aulas formais de pintura, mas não passou muito tempo lá.
Auto-retrato
Seu pai o baniu de sua casa quando ele se deparou com Bacon utilizando roupas íntimas de sua mãe, com isso ele foi para Londres, onde era bancado pela mãe, com isso ele vivia de forma bem simples, e passou a trabalhar em vários lugares, muitas vezes não permanecendo muito tempo. Ele teve um caso com um ex-militar e criador de cavalos, Harcourt-Smith, amigo de seu pai, surpreendendo-o, pois o pai havia o enviado para transformar seu filho em um "homem", mas descobriu que seu amigo gostava de homens mais novos, com isso Francis foi com ele para Berlin, contudo a relação com o amigo de seu pai não durou muito e então Bacon estava novamente só e decidiu ir para Paris.
Estudo para a figura na base de uma crucificação (1944)
Em Paris, ele entrou em contato com a arte moderna que estava em ascenssão na época, principalmente Poussin, com sua obra "O massacre dos inocentes", e as obras de Picasso, cuja técnica despertou nele inspiração para suas obras, Francis visitava frequentemente museus em muitos lugares. Ele morreu em 1992.
Estudo sobre um corpo humano (1949)
Devido a sua vida conturbada com seu pai, e sua apreciasão ao modernismo, ele desenvolveu uma série de obras de cunhos, crítico a religião, sadomasoquista, sexual, de violência, desmenbramentos, com presença de sangue e entre outras substâncias orgânicas, além de obras com um sentido demoníaco e macabro, dando uma idéia de estarmos vendo pesadelos, com isso muitas vezes as críticas feitas a ele não foram boas.
Triptico (1962)
Tenho de admitir que nunca tinha ouvido falar dele, e ao ver suas obras fiquei um tanto quanto surpreso e espantado, não digo que ele seja ruim, longe de mim, pelo contrário, suas pinceladas são impressionantes e o tema é curioso, mas ao mesmo tempo não nos atrai pela expressividade macabra e grotesca com que ele nos apresenta, além disso, como havia falado anteriormente, não sou muito adepto do modernismo, então não me atraiu tanto. Mas não se influenciem por meus gostos, eu ainda sim gostei dele, e acho que é muito bom conhecê-lo, ao menos entender tais obras, e a impregnação individual dele nas suas obras e do período artístico.
Figura com carne (1954)
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