Napoleão foi coroado no dia 2 de dezembro de 1804, em Paris, com a presença do Papa Pio VII, onde ocorreu a famosa cena em que o Imperador retira a coroa das mãos do Papa e coroa a si mesmo e a sua mulher, simbolizando que nem a igreja estava acima do novo estado imperial francês. Foi no entusiasmo da coroação que Napoleão começou a dar vida a um de seus mais ousados planos: A invasão da Grã-Bretanha. Logo na virada do ano, o Imperador começa a preparar um exército no norte do país, e a preparar suas esquadras para dar batalha à grande marinha inglesa.
O plano era o de trazer a frota do mediterrâneo para o Canal da Mancha, onde essa se uniria a uma recém criada frota, e juntas levariam os 200 mil soldados do exército à costa inglesa. Para frustrar esse plano, os ingleses influenciaram a derrotada Áustria a declarar guerra à França, tirando a atenção de Napoleão em relação a invasão da Inglaterra. A Rússia entra na guerra junto com a Áustria, enviando um exército para lutar nas terras austríacas. Os exércitos austríaco e frances entram em combate em 1805, e levam grande golpe na batalha de Ulm, em que 23 mil austríacos são aprisionados e o exército austríaco é desbaratado. Napoleão ocupa Viena, obrigando o imperador austríaco a recuar com um exército recém preparado. Enfim as tropas russas chegam à Áustria, se unindo com os austríacos e preparam-se para reiniciar a guerra. Napoleão reúne seus homens no vilarejo de Austerlitz e da batalha as tropas inimigas. Em dois de dezembro, a batalha de Austerlitz, também chamada de a batalha dos Três Imperadores é finalizada, com uma imensa vitoria dos exércitos franceses. Um pouco antes, os ingleses destroem a esquadra francesa do mediterrâneo na batalha de Trafalgar, pondo um fim no sonho de invadir a Inglaterra.
A Áustria assina a paz com os franceses, mas em seguida, a Prússia declara beligerância à França iniciando uma nova fase da guerra. Após meses de batalhas e marchas incessantes, o exército napoleônico derrota os prussianos em Jena e invade Berlim. Em Berlim, Napoleão declara para a Europa o inicio do bloqueio continental à Inglaterra, impedindo que países europeus comercializem com a Inglaterra. Depois da queda de Berlim, Napoleão enfrenta uma coalizão de russos e franceses em Eylau, aonde os derrota e em seguida agora apenas contra os russos, a batalha de Friedlandia, onde derrota de vez os russos, assinando um tratado de paz com esses. Em 1807, com paz com as potências do leste, Napoleão volta sua atenção para o Oeste, e decide invadir Portugal. No final desse ano, tropas espanholas e francesas invadem Portugal, o que acarretou a vinda da família real para o Brasil. Depois de invadir e tomar Portugal, Napoleão resolve invadir a Espanha e destrona o rei e a família real espanhola, colocando seu irmão, José, como novo rei.
Eu tentei acabar o texto hoje, mas essa tarefa se mostrou difícil, então em vez de duas partes, serão 3, com a parte final semana que vem, nesse mesmo horário, nesse mesmo canal.
Em 1809, a Áustria se rebela mais uma vez contra a França, dessa vez com o apoio apenas do Reino Unido (das grandes potências), e, de todo modo, um apoio principalmente econômico, tendo em vista que as tropas inglesas só lutaram na península ibérica. Em questão de poucos meses a Áustria se via mais uma vez vencida, e teve que assinar mais um tratado de paz. Dessa vez, para selar a paz, Napoleão, que havia se separado de sua esposa por que a imperatriz não gerava herdeiros, resolve se casar com uma arqui-duquesa austríaca. Em 1810, a união é concretizada entre o imperador dos franceses e a filha do imperador da Áustria, em uma tentativa de acabar de uma vez por todas com as tentativas austríacas de destruir a França. Entre 1809 e 1812 a França viveu um período de paz, apenas enfrentando algumas revoltas na península ibérica. Em 1812, Napoleão chegou a conclusão que os Russos estavam desrespeitando o bloqueio continental, e resolve invadir tal país. Ele reuniu um exército de quase 600 mil soldados (franceses e aliados) e marchou Rússia à dentro. O exército russo liderado pelo General Kutusov usou a tática de terra arrasada, queimando tudo por onde os franceses passariam, até chegar as cercanias de Moscou, onde se deu a batalha de Borodino, vencida por Napoleão à duras perdas. Ao tomar Moscou, ficou aguardando comunicado do czar da Rússia pedindo por paz, mas tal proposta nunca chegou. Depois de três dias da tomada da cidade, sabotadores começaram a atear fogo na cidade, que foi quase que completamente devastada. Devido à guerrilhas, a extenuante marcha e a falta de provisões, dos 600 mil apenas 110 mil chegaram com vida a Moscou. Napoleão decide se por em marcha de volta ao império para tentar reorganizar seu exército e impor uma paz aos russos. Na marcha de volta, a maioria dos soldados pereceu ao frio, devido ao inverno que chegou precocemente na Rússia em 1812, e dos 110 mil que saíram de Moscou, cerca de 30 mil chegaram “saudáveis” a Europa ocidental. Tal derrota foi fatal, e o Império Napoleônico nunca se ergueria dessa queda.
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