sábado, 26 de novembro de 2011

Incidente no Paquistão

               Hoje, um helicóptero da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) atacou um posto militar paquistanês dentro do territorio deste país, matando 28 soldados. Nesse mesmo ano, tropas americanas invadiram o país para matar o terrorista Osama Bin Laden. Até que ponto grandes países vão desrespeitar a soberania dos países menores? 



               
               No começo do ano, tropas da OTAN invadiram a Líbia para ajudar na guerra civil a favor dos rebeldes. Tenho que admitir, o governo era opressor e tudo o mais, mas temos que lembrar que aquilo era uma guerra civil, assunto do estado. As nações podem fazer embargos econômicos e até anúncios públicos contra determinado assunto, mas no momento em que a Soberania do Estado é violada, eles perdem a razão, pelo menos em minha opinião. 

               O problema é que agora não houve nenhuma razão, ou motivo aparente para essa incursão no Paquistão. Na primeira metade do ano, teve o motivo do Bin Laden, motivo muito pífio, diga-se de passagem, e que merecia pelo menos um pedido de desculpas do governo americano ao governo paquistanês por terem feito uma ação de guerra em seu país sem nenhum tipo de aviso. Agora não. Um Helicóptero matou mais de 20 soldados. A OTAN disse que foi um engano. Que tipo de engano foi esse?! "Uh, soldados!! Vamos brincar de tiro ao alvo!!" É algo que eu dificilmente compreenderei. Outro problema é que, diferentemente da Líbia, o Paquistão não tem nenhum problema interno, quer dizer, pode passar a ter agora, já que os EUA invadiram o país deles duas vezes e o governo não fez nada. Temos que lembrar que o Paquistão é uma areá muito delicada. Ela é essencial para manter as tropas no Afeganistão ( o governo paquistanês já afirmou que cortará as linhas de suprimento que passem pelo seu país para o Afeganistão) e que o Paquistão tem um grande arsenal de ogivas nucleares. Além de ser ruim para o governo em si, ter um estado que não se impõe de maneira alguma a feitos externos, quanto para a imagem do país, que fica com uma fama de quem não reage à ações militares. 

               Para o Paquistão, que tem um inimigo natural ( a Índia), essas incursões estrangeiras são péssimas, por que além de passar uma imagem de um governo fraco para a população, passará essa imagem também para seu inimigo, que poderá usar disso para obter ganhos no futuro. Nos dias de hoje é difícil isso acontecer, um país declarar invadir outro por que o outro parece ser fraco e de fácil conquista, mas nunca se sabe...

               O meu ponto é: Se uma nação, ou no caso, uma organização, fez algo que feriu a soberania de um determinado país, quem fez tal ato deveria ser punido, mas nesses casos a ONU não quer nem saber quem fez o quê, ela só está ativa para prejudicar os países subdesenvolvidos em qualquer aspecto. A ONU fez alguma coisa quando o exército russo invadiu a Georgia, em 2008, se não me falha a memória, ocupou a Ossétia do Sul e marchou sobre o país? Não. A Ossétia do Sul é um problema do estado georgiano, e não estrangeiro. É uma província separatista, certo, mas os separatistas na própria Rússia são considerados terroristas, por que não considerar os separatistas georgianos terroristas também?  

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