Darei início as homenagens desse ano, e nada melhor do que começar com um fauvista que me impressionou bastante. Cornelis Theodorus Maria van Dongen, mais conhecido como Kees van Dongen, nasceu em Rotterdam, na Holanda, em 1877. Aos 16 anos ingressou no mundo da pintura ao estudar na Real Academia de Belas Artes de Rotterdam, algum tempo depois ele foi passar alguns meses em Paris, mas ele retornou para se encontrar com Augusta Preitinger ("Guus"), amiga do período escolar que depois se tornou sua esposa.
La cuirasse d'or (1907)
Depois de algum tempo ele retorna a Paris, aonde ele participa de uma exposição junto com expressionistas, reencontrando grande artistas, como Henri Matisse. Suas obras surpreenderam os observadores pelas suas cores vivas e ousadas, foram importantes para o surgimento do fauvismo, desde então ele se destinou a diversas obras e exposições, com ou sem a participação de outros artistas.
Le coquelicot (1919)
Van Dongen terminou morrendo em 1968, aos 91 anos de idade, em Monte Carlos.
The soprano singer (1908)
A arte de van Dongen é muito impressionante e viva, seus temas em geral se destinavam a retratos, e muitos de prostitutas, levando as obras a um caráter obsêno e sexual muito intenso e peculiar, ao ponto de em alguns momentos tornarem-se surreais, porém não menos valiosos.
Tango with arcangel (1930)
A escolha das cores é algo bem especifico dos fauvistas, e Kees van Dongen não era diferente, a preferência por vermelhos intensos e terrosos, azuis hora sutis, delicados e puros, hora intensos e obscuros, tanto quanto nos verdes, mostram essa intensidade vivida por ele. Algo que me chamou a atenção foram os seus olhos expressivos e fortes em meio a pinceladas tão agressivas, é possível ainda sim sentir toda a leveza e delicadeza das suas mulheres, sentir a emoção, como se elas estivessem em nossa frente e nos contassem sem ao menos falar uma palavra o que estão sentindo naquele instante que será guardado por mais tempo do que aquele instante.
Woman with large hat (1906)
Ao meu ver, Kees van Dongen é uma boa dica para aqueles que querem se aventurar pelo mundo das artes, tanto para aqueles que a estudam quanto para aqueles que a produzem, seus trabalhos são inúmeros e a qualidade se manteve, então para mim ele é alguém que vale o estudo.
L'equilibriste (1907)
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