segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Estado Palestino


                Gostaria de lembrar aos leitores, que essa é a minha opinião, não sendo necessariamente a opinião dos outros integrantes do blog.

Na semana passada ocorreu uma votação na ONU que elevou o status dos territórios palestinos a “Estado Observador” na ONU. Isso significa, que mesmo sem fazer parte de fato da Organização das Nações Unidas, tal organização reconhece a autonomia e a existência de um Estado Palestino, que agora tem o direito de apelar para o tribunal penal Internacional, tendo agora artifícios legais para denunciar Israel.

            A briga nesse território advém do final da Segunda Guerra Mundial. Com a criação da ONU, os Estados Unidos e países membros resolveram criar na área do oriente médio, nas antigas terras chamadas de “Terra Santa”, dois estados legítimos: o Estado de Israel, um estado que teria como função abrigar os judeus do mundo e seus lugares de peregrinação, e  o Estado Palestino, que deveria ter a mesma função, mas para os Árabes. O território seria dividido quase que igualmente, junto com os grandes “locais santos”, inclusive a cidade de Jerusalém seria dividida em duas.

            O que aconteceu no decorrer do tempo que é engraçado. Em 1948 foi posto em pratica o plano de partilha, que acabou por favorecer os judeus, que entraram de supetão em um território que estes não habitavam a quase dois milênios. Durante uma assembleia na ONU (presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha) em maio de 1948, é criado de fato o Estado de Israel, com bandeira, chefe de estado e reconhecimento da independência pela grande potencia mundial, os Estados Unidos.  O território que foi concedido aos Judeus para a criação de seu estado era “de posse” britânica, que havia ocupado a região com o fim da primeira guerra mundial, mas quem vivia nesses territórios eram populações de origem árabe e muçulmanos de convicção. Com o decreto, as populações árabes foram expulsas de suas terras por soldados da ordem Sionista (extremistas judeus) com rifles em mãos, sendo obrigados a emigrar para territórios árabes.

            A chamada liga-arabe (Aliança composta por países abertamente árabes) não aceitou tamanha afronta ( Os países da liga votaram contra a independência do estado de Israel) e invadiram Israel, um dia após a assembleia da ONU. A guerra foi vencida pelos israelenses, que tiveram dinheiro e armas oferecidos em abundancia pelos Estados Unidos (há rumores de que existe inclusive material atômico no território israelense, mas claro, eles negam), que acabaram por vencer todas as outras guerras que a liga-arabe tentou lançar. Grande parte do território reservado aos palestinos foi invadido pelos israelenses, que os ocuparam e “colonizaram” (Como Jerusalém) e o estado palestino nuca saiu do papel.

            Foram precisos mais de 60 anos para a ONU considerar o Estado palestino como estado (a elevação de Status para Estado Observador é um grande passo na direção da independência), mesmo tendo contado com a negação dos EUA e de Israel. Provavelmente um Estado Palestino logo será estabelecido de fato, nos resta esperar a posição da comunidade internacional, se as terras reservadas ao estado palestino será devolvida aos legítimos donos, ou se Israel se atreverá se lançar em mais uma guerra aberta contra uma coalizão árabe forte, com a ascensão do poder da irmandade muçulmana no Egito, o grande poder dos aiatolás no Irã, e os extremistas que polvilham os países árabes da Região, como na Arábia Saudita, Líbia, Líbano, Turquia, etc.

            Apenas o tempo dirá se as grandes injustiças feitas aos árabes pela Ordem Sionista e seus colaboradores será desfeita, e se um Estado Palestino conseguirá surgir, forte e independente.

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