Nessa semana, mais uma vez fomos testemunhas de uma cena de racismo, e o fato se agrava mais ainda por ter partido de um oficial militar, alguém que deveria zelar pelos nossos direitos. Foi um absurdo o que aconteceu no último dia 09/01/12 na USP. É fato sabido que o racismo no Brasil é algo que vem entrelaçado em nossa história, desde a época dos tempos da escravidão. Esse lance de racismo é como se fosse hoje, algo que vem passando de geração em geração, de cultura pra cultura.
Vemos crianças sendo vítimas de bullying no colégio, na rua onde moram, ou/e nos lugares onde frequentam. Pergunto-me o porquê de tanto ódio, e o porquê de tanto preconceito. Afinal somos todos iguais, não somos? É o que tá lá escrito na Constituição. “Brancos” e “negros” quando são feridos sangram do mesmo jeito, perecem sob as mesmas doenças, são concebidos para esse mundo de mesma maneira. Por que essa visão tão negativa do negro?
Isso vem causando, ao longo dos tempos, danos, que a meu ver vão se tornando irreparáveis, causadores de traumas e psicoses. Como não enxergar que a maioria dos negros não têm acesso a uma educação de qualidade? Como não admitir que sim, os negros são em maioria pobres, e a sua maioria moradora das favelas brasileiras?
Os negros acreditam por sua vez, que precisam ser duas vezes melhores do que os brancos, para só assim não se tornarem um coitado amanhã. Sabem que assim, sem ajuda do governo, sem ajuda da população, eles vêm, cada vez mais, sendo vítimas do sistema, que os impõe padrões. Então eles acham saída no crime - não só os negros, assim como muito pobres que não tiveram chances de crescer na vida -, o drama da cadeia, da marginalização e da morte.
Desde a colonização, por ouro e prata, colonizadores matam sem ao menos sentir dor ou compaixão, e isso é facilmente comprovado, há histórias e registros. Foi sempre imposto que os negros não têm chances reais de crescerem na vida. Os negros são tão dignos de compaixão como todos os outros, somos acima de tudo HUMANOS, e isso já basta para que eles sejam tratados de iguais para iguais. Não são melhores nem piores do que ninguém.
É necessário sempre acreditar numa mudança, quando os problemas vierem, precisamos estar dispostos para superá-los, precisamos ter o controle da situação, NÃO podemos ter preconceitos, quer sejam eles, racistas, religiosos, sociais, sexuais, em relação às mulheres, ou aos deficientes físicos. Não importa, temos que ser contra qualquer tipo de preconceito.
Sei que cenas como essas vistas nessa semana se repetirão ainda várias vezes, mas não é por isso que eu deixo de acreditar que um dia as coisas vão melhorar, e já estou fazendo a minha parte, faça você também a sua! #ficaadica
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