Napoleão Bonaparte - Parte I

Napoleão atravessando os Alpes

                Essa semana, não tive muito tempo para assistir jornais e ver a situação mundial, então, falarei sobre uma pessoa que eu tenho muito apreço, posso até chamar de meu ídolo, o General, depois Imperador, Napoleão Bonaparte. Para não se tornar um texto imenso, dividirei-o em duas partes. Essa é a primeira, a segunda, só semana que vem.

            Napoleão Bonaparte nasceu na cidade de Ajaccio, na ilha da Córsega, em 1769. A Córsega era território italiano até o ano de 1768, quando passou a ser território francês. Sua família era de origem italiana, por isso ele nasceu com o nome de Napoleone di Buonaparte, mudando seu nome mais tarde. Com pouca idade, Napoleão foi mandado a uma escola militar, aonde se formou, em 1785, como oficial de artilharia, se mostrando muito hábil em contas matemáticas. Em 1789 inicia-se a Revolução Francesa, causando grande rebuliço nas forças do exército, que não sabiam quem apoiar, o rei ou os revolucionários. Napoleão se mostrou apreciador das idéias dos jacobinos, e, quando a monarquia absolutista caiu, Napoleão recebeu o comando de um batalhão de voluntários, em 1792.  Nesse mesmo ano, um exército inglês desembarcou na cidade de Toulon e permanecendo em um principal porto francês. Napoleão foi enviado para comandar a artilharia no cerco a tal cidade, tentando-a tomar dos ingleses. Ele auxiliou o comandante geral das tropas, dando sugestões de movimentação de tropas e peças de artilharia, e sugeriu que uma tropa tomasse um monte, de frente à cidade, pelo qual o exército conseguiu invadir a cidade e vencer o exército inglês. Após o cerco de Toulon, Napoleão voltou à Paris, onde foi promovido a general de brigada. Com a queda do poder dos jacobinos, Napoleão é preso por ter se mostrado apoiador do antigo governo, mas é solto pouco tempo depois, tendo as acusações sido retiradas. Por não estar participando de nenhuma expedição militar, o soldo de Napoleão é diminuído substancialmente, fazendo-o passar sério problema financeiro. No dia 13 de Vindimiário do Ano IV (no calendário revolucionário, no calendário gregoriano, foi o dia 5 de novembro de 1795) ocorre uma insurreição dos monarquistas em Paris e o governo republicano se vê sem defesas. Napoleão se oferece para comandar as tropas contra os revoltosos e, com a ajuda de peças de artilharia, obtém grande vitória contra os monarquistas, fazendo seu nome ficar famoso frente ao governo e ao povo.

                Nesse intervalo, Napoleão conhece Josephine de Beauharnais, uma viúva de um general francês, com quem viria se casar em 1796. Sendo agora, um “herói nacional” Napoleão é convocado a assumir a campanha na Itália, onde pega um exército despreparado, sem canhões, cavalos e até sapatos. Mesmo com um exército em tais condições, o General consegue várias vitorias contra os austríacos, assinando um tratado de paz com esse império em 1797.  Em 1798, Napoleão elabora uma campanha contra o Egito, invadindo Alexandria ainda em 1798, lutando contra os mamelucos, o exército otomano e a marinha inglesa. Confronta o exército otomano na Batalha das Pirâmides aonde encontra incrível vitória, mas enquanto Napoleão está ganhando batalhas em terra, a frota francesa é destruída pelo almirante Nelson, deixando uma volta para França via marítima muito difícil. Napoleão coloca um governo aliado da França para governar o Egito e volta para a França escondido em 1799, a fim de resolver o caos político reinante. Planeja, junto com dois membros do governo, o chefe da policia, e seu irmão, presidente da câmara dos 500 (uma espécie de câmara dos deputados), um golpe de estado, que é posto em ação em 18 de Brúmario (9 de novembro). Nesse dia, seu irmão propõe a câmara a dissolução do governo e a criação de um consulado, um governo que ficaria na mão de 3 cônsules, e Bonaparte ficaria no cargo principal. A principio, os deputados são contra, mas depois, eles vão se convertendo, e após um desses deputados tentar apunhalar Bonaparte, ele envia suas tropas para invadir a câmara e obrigar uma votação, que acaba por aprovar os planos de Bonaparte, que recebe o cargo de primeiro cônsul da republica francesa. Enquanto cônsul, Napoleão investe na economia francesa que se encontra cambaleante. Uma nova guerra contra a Áustria mina a economia francesa, e Napoleão resolve comandar a guerra, conseguindo outras tantas vitorias, incluindo a grande Batalha de Marengo, assinando, em 1802, a Paz de Luneville com a Áustria e a Paz de Amienz com a Inglaterra. Nesse período, cria o Código Napoleônico, grande conjunto de leis que visa proteger os direitos da burguesia, cria o Banco da França, reduzindo a emissão de moeda e controlando a inflação e assinou uma concordata com o Papa, restaurando relações com a Igreja Católica.

                

                Em 1804, após receber o titulo de cônsul vitalício, Napoleão propõe ao senado a criação do Império Francês, dando mais uniformidade e estabilidade ao governo, proposta que foi aceita pelo senado e posta a votação por plebiscito. O resultado do plebiscito deu ampla maioria a Napoleão que foi proclamado Napoleão I, Imperador dos Franceses.