O Oriente médio é um lugar de grandes conturbações, desde sempre, e agora, além da “primavera árabe” uma guerra está para surgir entre Israel e Irã, e, pela primeira vez, não está sendo incentivada pelo Irã. Antes de qualquer coisa quero esclarecer uma coisa: não gosto do estado de Israel, e não, não sou nazista, só não vejo como poder ser a favor de um país que teve seu território criado a partir da expulsão em massa de milhares de famílias de suas casas, sem grandes reparações, e em alguns casos, usando da violência na metade do século XX.
Não é novidade que Israel não é muito benquista pelos países árabes que o rodeiam, em especial o Irã, que desde a posse de Mahmoud Ahmadinejad em 2005, faz várias acusações ao governo Israelense de terrorismo e etc, mas, nesse período em que a tensão entre os dois países, é a primeira vez que Israel mostra seu caráter ofensivo, mostrado pelas sucessivas tentativas do primeiro ministro, Benjamin Netanyahu , de convencer o presidente e demais parlamentares a iniciar uma ação militar contra o Irã imediatamente. De acordo com o governo israelense, os iranianos já estão com seu programa nuclear em estágio avançado e em pouco tempo terão a bomba atômica, mesmo os iranianos afirmando que o seu projeto é apenas para fins medicinais, logo, para não sofrer com os ataques nucleares no futuro, uma ação imediata seria mais efetiva. Para os israelenses mais radicais, uma guerra agora seria o melhor para a nação, pois, em pouco tempo, os países que tiveram seus governos derrubados por força popular logo serão chefiados por partidos fundamentalistas muçulmanos, maioria em vários países, e que com um governo popular muçulmano, Israel estaria cercada de inimigos e não seria capaz de vencê-los todos de uma vez, logo, acabando primeiro com o Irã, seu número de inimigos cairia e passaria uma imagem de um exército forte para países estrangeiros. Para israelenses mais conservadores, uma ação militar agora seria desastrosa, já que a economia mundial está passando sérios problemas, uma guerra poderia jogar o país em um abismo financeiro, e que seu principal aliado, os EUA estão passando por uma crise que poderia atrapalhar o envio de ajuda a Israel.
O fato é que, nessa sexta feira, o presidente de Israel afirmou que "a comunidade internacional está mais perto de chegar a uma solução militar para o impasse sobre o programa nuclear do Irã do que diplomática", deixando um ar de incerteza na região. Se essa guerra estourar, na minha opinião, ela terá mais proporções do que a guerra contra o Iraque em 2004, e não se sabe ao certo quem sairá vencedor. Se as potências ocidentais apoiarem Israel, esses terão uma vitória clara, se por falta de estabilidade financeira, essas potênciais permanecerem neutras, as chances de uma guerra duradoura aumentam, devido a atualização que Ahmadinejad fez no exército iraniano. Se não houver nenhuma forma de protesto, tanto popular ou política contra essa guerra em Israel, ela acontecerá, modificando a história no oriente médio por um certo tempo. O resultado, só poderemos descobrir com o tempo.
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