Napoleão acabará de perder seus melhores soldados e comandantes, e os que restaram nunca se recuperariam (emocionalmente, pelo menos) dos horrores da campanha russa. Ao chegar a França, o Imperador manda recrutar os reservas mais novos para formar as fileiras do exército. Em pouco tempo, ele consegue armar e prover um exército de quase 400 mil soldados, mas a maioria com pouco mais de 18 anos. Logo foi formada uma nova aliança de países para atacar a França, encabeçados por Rússia, Suécia, Reino Unido e Prússia, começaram as hostilidades, tendo como cenário principal a Europa central. No decorrer da guerra a Áustria se alia aos inimigos de Napoleão e entra na guerra. Em 1813, ocorre a batalha de Leipzig, também conhecida como a Batalha das Nações, tendo em vista o grande número de nações envolvidas nela (França, Prússia, Rússia, Áustria, Suécia e vários pequenos estados alemães) em que o Imperador é acometido por grande derrota, tendo que voltar para a França. Chegando à França, consegue reunir um exército de 50 mil soldados, e começa a combater os inimigos invasores aos poucos. No período de invasão francesa, Napoleão conquista varias vitórias, contra exércitos mais numerosos e melhor equipados. Enquanto o Imperador luta nos campos, um exército chega às portas de Paris, rendendo suas defesas e fazendo com que a assembléia votasse na deposição de Napoleão. Em 14 de abril de 1814, Napoleão recebe a carta pedindo para que ele abdique do trono francês e em 15 de abril ele assina o Tratado de Fontainebleau , onde ele abria mão do trono francês e das possessões que a França ganhara com as guerras anteriores, e receberia a ilha de Elba, onde deveria permanecer em exílio. Quando Napoleão abdica, assume a coroa, Luís XVIII, no evento conhecido como Restauração Monárquica.
Ao chegar em Elba, Napoleão cria uma corte, aonde vive por quase um ano, quando recebe noticias de descontentamento popular na França. Com tais noticias, ele manda disfarçar seus barcos e parte para a França, chegando ao Golfo de Juan em março de 1815, onde faz uma promessa, a de não derramar uma só gota de sangue francês para reaver seu trono. Dito e feito. As tropas enviadas para deter o Imperador acabam se aliando a ele, e a cada dia ele chega mais perto de Paris. O rei Luís foge, abandonando o país e Napoleão é recebido em Paris com grande festa e aclamação popular. Assim que chega reúne um exército, alocando-o na fronteira com a Bélgica. Sabia Napoleão que a única forma de derrotar seus inimigos seriam separadamente, por isso, partiu logo para a guerra. No começo de junho de 1815, Napoleão cruza a fronteira belga com 123 mil soldados. Vence os prussianos e os ingleses, separadamente, no dia 13 de junho. No dia 15 enfrenta os ingleses na Batalha de Waterloo, no início ele aparenta estar ganhando, até que inesperadamente os ingleses recebem grandes reforços do exército prussiano que acabam derrotando as últimas forças do Império Francês. Napoleão recua para Paris e recebe um pedido de abdicação em favor de seu filho, concedendo o trono a um rapaz de 3 anos de idade. Ele fica em sua casa nos arredores de Paris até a chegada de tropas estrangeiras que o prendem e o enviam à Inglaterra e de lá, ele parte para a ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico.
É em Santa Helena aonde o Imperador passa seus últimos dias. Chegando em 1815, encontra uma ilha com várias barreiras naturais e um pequeno povoado, mas com o passar do tempo vão criando várias restrições a Napoleão, por exemplo, ele só poderia sair da casa em alguns momentos do dia com a permissão do governador, comer apenas a comida entregue por ingleses, etc. Ano após ano Napoleão ficava mais doente, até que em 1821, no dia 5 de maio, o Imperador morre, com apenas algumas pessoas para vê-lo morto. Um homem que governou a França por 15 anos, morto, no meio de uma ilhota com não mais de 5 pessoas presentes. Muitas acreditam que Napoleão foi envenenado pelos ingleses (inclusive eu), mas foram feitos testes nos seus restos mortais e foi encontrado muito arsênico, alegando que ele o usava para colorir o cabelo, mas a versão oficial é a que Napoleão morrerá com uma ulcera, igual à seu pai.
Assim acaba a trajetória de Napoleão, que ainda daria muito o que falar quando seu sobrinho, Luís Napoleão toma o trono da França utilizando estratégias do próprio Napoleão, e se intitula Napoleão III. Ele também é lembrado pela sua genialidade como comandante militar, tendo em vista que das 72 batalhas que ele comandou, saiu derrotado apenas de 10, e que de suas vitórias temos grandes batalhas estudadas até hoje pelas escolas de guerra (Austerlitz, Marengo, etc). Também é lembrado no campo administrativo, tirando uma França falida e erguendo-a até virar o império mais poderoso da Europa (entre 1807 e 1811). Para mim, ele sempre será lembrado como a maior figura existente na História mundial, o homem de baixa estatura que saíra de uma família da Córsega para virar o Imperador de todos os franceses, o homem que fez os maiores impérios de sua época se curvarem perante a ele, o general que deu vida as maiores estrategias que já tive o prazer de estudar, como o esposo, que amara sua mulher mesmo depois do divórcio. Para mim, ele será lembrado como Napoleão Bonaparte, O Magnifico.
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